Fotos: De Paula – O guia da monção descendo as canoas pela cachoeira. Os monçoeiros indo por terra embarcar abaixo da cachoeira.
No trajeto Fluvial de São Paulo as minas auríferas de Cuiabá, corredeiras e cachoeiras eram muito frequentes, principalmente no percurso do rio Coxim.
“...Saltos. cachoeiras e corredeiras a vencer. 24 no Coxim e uma no Taquari... Os que registravam as monções no passado, afirmavam que o mais penoso trecho da viagem monçoeira para o Cuiabá era o da navegação pelo rio Coxim.” (TAUNAY in Relatos Monçoeiros).
A transposição das cachoeiras era chamada de varação. Embora os batelões e canoas confeccionadas em troncos de madeira tenham sido substituídas pela canoas de alumínio, e os remadores por motores de popa, a técnica de “varação” continua a mesma, decorridos 300 anos.
Ao chegarem as cachoeiras, descarregavam-se as canoas, sendo as cargas levadas as costas até um ponto de embarque abaixo da queda de água. As pessoas, seguindo por terra, aguardavam que o guia da monção descesse canoa por canoa, em meio as aguas revoltas.
“Depois deste tremendo esforço exigido dos músculos dos infelizes varadores e sirgadores, entram em cena os homens da mareação, que se punham nus dobrando-se os pilotos em cada embarcação. - e agora o guia passa, um a um, por este perigo. Deixando o seu lugar na popa, troca indo para a proa; governa esta embarcação metendo-a pelos canais e ondas que lhe parecem ser menos perigosas; e assim passando uma, volta por terra a conduzir outra” (TAUNAY).
“Projeto Resgate, Promoção e Valorização do Patrimônio Cultural da Rota das Monções .
Fundo Estadual de Defesa e de Reparação de Interesses Difusos Lesados – FUNLES / OSC Espaço Manancial/ Salt Media”.
Rota das Monções: "Se o Brasil Nasceu na Bahia, o Brasil Cresceu por aqui.”
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