Foto: De Paula/Salt Media - Mestre Osmar Nunes, guia prático das expedições e incursões monçoeiras na atualidade, conduzdo as embarcações pelo rio Jauru e Coxim.
Embora transcorridos mais de trezentos anos, desde as primeiras monções, ainda hoje se impõe a presença firme de um guia fluvial habilidoso para orientar as demais embarcações, por entre corredeiras, cachoeiras e desfiladeiros, principalmente quando se navega pelas aguas turbulentas dos rios Coxim (outrora Quecheim) e Jauru.
O guia com sua embarcação vai a frente enquanto as demais embarcações seguem em fila, procurando passar exatamente onde a embarcação capitânea passou, desviando-se dos obstáculos submersos, quase invisíveis. Qualquer desvio, a embarcação pode choca-se com as rochas e sofrer sérias avarias, ou mesmo naufragar levando consigo as cargas e os visitantes monçoeiros.
“Sua canoa tomava a dianteira e as demais seguiam-na em fila, mas guardando uma distancia de cinquenta e mais braças (110 m.) umas das outras. Assim convêm, explica, porque logo que o guia conhece algum perigo grita a sua imediata canoa que venha compassada e evite a outra, e assim seguem as mais: porque vindo perto, sem dúvida atravessando a primeira, todas as mais se precipitam sobre esta e tudo se perde e faz em pedaços” (Relatos Monçoeiros – Afonso E. Taunay, pg. 49).
Rota das Monções – “Se o Brasil nasceu na Bahia, o Brasil cresceu por aqui”.
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