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Foto do escritorJ. F. de Paula F.

Navegando em batelões pelos rios nas monções cuiabanas.



No porto de Araraitaguaba (hoje porto Feliz SP) eram onde ancoravam os grandes canoões, batelões, canoas e pequenas canoas de montaria que faziam as viagens fluviais pelos rios da bacia do Paraná e Paraguai, indo ou vindo das minas auríferas do Cuiabá.


Vários foram os autores do passado que se debruçaram sobre as monções, e sobre as explorações de diamante e ouro em Cuiabá e Matogrosso. No século XX dois grandes historiados deram uma importantíssima contribuição sobre este o fenômeno histórico. Quem quer se aprofundar no tempo não pode deixar de ler os livros, Relatos Monçoeiros do Taunay e as Monções de Sergio Buarque de Holanda.


Tanto Taunay como Holanda e outros historiadores atribuem a construção das embarcações monçoeiras terem sido fruto de cópia, com as devidas adaptações, do trabalho etnias nativas, que a muitos anos navegam pelos sertões de nosso imenso continente.

“Era muito natural que os primeiros sertanistas aprendessem com os autóctones os processos para melhor e menos perigosamente navegarem os rios de águas revoltas” (TAUNAY – in relatos Monçoeiros)

Canoa nativa datada de 1610, descoberta em Minas Gerais.


Canoeiros Guató - desenho de Hercules Florence - 1826.


Posteriormente o canoão ou batelão monçoeiro com a navegação a partir das minas auríferas do Guaporé, foi adaptado a região amazônica ganhando maiores dimensões, sendo chaado de “canoão Paulista” em referencia as canoas fabricadas pelos Luso-paulistas que navegavam nas monções cuiabanas.


Partida de uma monção em Araraitaguaba.


O sargento-mor Juzarte descreve com detalhes um batelão monçoeiro:


“feitas de um só lenho, tinham em geral, de cinquenta a sessenta palmos de comprimento (11 m a 13m,20) e de boca de cinco a sete (1m,10 a 1m,54). Eram agudas para a proa e popa, lembrando-lhes o perfil uma lançadeira de tecelão. Não tinham quilha nem mastro, pois nunca navegavam à vela (...) Fornece-se cada uma de oito homens, oito remos, quatro varas, uma cumieira coberta de lona, pólvora, bala, machados, foices, enxadas e armas de fogo(...) Os tripulantes das monções remarem de pé e a proa, quando na África iam a popa sentados. (JUZARTE).


Construção de canoa de casca de arvore por amerindios - Ilustração : Bilder-Atlas Siebender Band.


Em diversas citações Taunay faz referencia a Holanda, comentando situações e complementando informações:


“ Frisa Buarque de Holanda o papel importante que as ubás e pirogas

de madeira inteiriça coube nos fastos da nossa expansão geográfica” (Taunay).


Construindo canoa de casca de árvore (foto: www.facebook.com/museusdomaremaritimo)


Aqueles que querem aprofundar um pouco mais sobre o tema, ou presentear os amigos, informamos que saiu a quarta edição do livro Monções de Sergio Buarque de Holanda. O livro é publicado ao lado de coletânea de organização inédita, Capítulos de expansão paulista - cujo título (inspirado em Capistrano de Abreu) dá continuidade à série dos escritos inacabados do historiador paulista, tais como Capítulos de literatura colonial e Capítulos de história do Império. Vale a pena conferir.

Monções e capítulos de expansão paulista está em promoção na Amazon (R$ 77,39 – tempo limitado). https://amzn.to/3tKp4iR




“Projeto Resgate, Promoção e Valorização do Patrimônio Cultural da Rota das Monções. Fundo Estadual de Defesa e de Reparação de Interesses Difusos Lesados – FUNLES / OSC Espaço Manancial/ Salt Media”.



Rota das Monções: "Se o Brasil nasceu na Bahia, o Brasil cresceu por aqui.”


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Saiba mais sobre as Monções:

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