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A PEDRA DO LETREIRO – SÍTIO HISTÓRICO DA ROTA DAS MONÇÕES

Foto do escritor: J. F. de Paula F.J. F. de Paula F.

Fotos: Pedra do letreiro moçoeiro e a cachoeira do “quatro-pé.


São muitos os documentos históricos que relatam não só a exploração das minas de Cuiabá, com também o trajeto fluvial da rota das monções. Os topônimos foram alterados ao longo dos anos, pois a cada local, dependendo de fatos ocorridos ou observados, registrava-se um nome diferente. Inicialmente os nomes gravados eram de origem Guarani, pois os primeiros guias iam nominando cada trecho ou local por onde passavam e conheciam. Muitos desses nomes permaneceram, outros foram corrompidos e aportuguesados, enquanto outros foram substituídos.


Nomes como Camapuã e Taquari permaceram até hoje, enquanto Coxim foi corrompido e aportuguesado por determinação de um governante. No rio Coxim por exemplo cita-se o salto Avanhandava-assu (“awe-anhã-aba-assu”= lugar de grande e forte correnteza), e que nos tempos atuais passou a ser conhecido como a cachoeira do Quatro-pé, em virtude da ação de uma forte enchente que levou a ponte de madeira, ficando apenas a extrutura dos suportes, ou seja os “quatro pés” da ponte.


“110 dias [de viagem]. ... a barra é a do rio Iarui, que vem da mão direita; desta barra até o salto há itaipavas e dois jurumeriz, e que é prático faz muito por chegar ao dito salto, que é pouso certo; tem o salto um varadouro a mão esquerda e estando o rio baixo se levam as canoas por ele abaixo a remo, até onde se embarcam as cargas, que estando cheio é impossível o navegarem por ele, e então se varão necessariamente por terra, e passando o salto, se pousa.” (Noticia 7ª pratica – Roteiro verdadeiro das minas do Cuiabá, – In Relatos Monçoeiros. Afonso E. Taunay).


Transpor o salto Avanhandava-assu, dependendo do número das embarcações, levava-se horas ou dias. Neste ponto, grande parte das expedições reiunas (expedições oficiais do governo imperial luso-brasileiro e brasileiro), ocorridas no período compreendido entre 1.800 a 1838, em viagens que transportavam forças militares, autoridades administrativas, artigos militares e gêneros alimentícios e o imposto pago pelo ouro extraído, deixaram o registro de suas passagens, escritas em uma laje de pedra.


Hoje mais de 200 anos após serem gravadas, a área constitui-se em sitios arqueológicos testemunhos das expedições monçoeiras. A área é protegida por lei e está localizada na Área de Proteção Ambiental – Coxim, Rio Cênico Rotas Monçoeiras. A região situada no limite entre os municípios de Coxim e Rio Verde de Mato Grosso é conhecida como Pedra do letreiro Monçoeiro.


“Projeto Resgate, Promoção e Valorização do Patrimônio Cultural da Rota das Monções .

Fundo Estadual de Defesa e de Reparação de Interesses Difusos Lesados – FUNLES / OSC Espaço Manancial/ Salt Media”.


Rota das Monções: "Se o Brasil nasceu na Bahia, o Brasil cresceu por aqui.”

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